Depois de dois anos seguidos de quedas na comparação anual, Mato Grosso voltou a gerar novas oportunidades de emprego no primeiro bimestre do ano. Janeiro e fevereiro de 2017 somaram juntos a criação de 14.232 postos no mercado formal, aquele com carteira assinada, um aumento de 28,77% sobre o saldo registrado no mesmo período do ano passado, quando a oferta foi de 11.052 vagas. Nesse bimestre, das mais de 14 mil oportunidades, 9 mil delas foram geradas pela agropecuária, setor da atividade econômica que encerra esse primeiro ciclo do ano como o maior empregador de Mato Grosso.

O ano de 2017 começou melhor para o Estado em relação ao nível de empregabilidade. Na comparação entre os desempenhos dos primeiros bimestres, o resultado apresentado ontem pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, pôs fim a uma sequencia de dois anos de queda. Desde o saldo de 2014, quando o primeiro bimestre fechou com a criação de 18.199 vagas, em 2015 e 2016, o mesmo período fechou com retração, com resultado de 11.715 e 11.052, respectivamente.

O saldo positivo de criação de mais de 14 mil vagas no acumulado dos dois primeiros meses de ano é o resultado da movimentação entre as contratações (65.849) e as demissões (51.617) realizadas. Fevereiro ‘herdou’ de janeiro a geração de 10 mil vagas, o melhor desde 2014.

Avaliando apenas o desempenho do mercado formal mato-grossense durante o mês de fevereiro, foram contratados 29.494 trabalhadores e demitidos 25.438, o que gerou saldo positivo de novas vagas de 4.036. Em relação ao consolidado em igual mês do ano passado, houve crescimento de 9,58% na criação de novos postos de emprego formal, já que em fevereiro do ano passado foram 3.683. O melhor mês da série local para o Estado foi em 2011, quando mais de 10,55 novos postos foram criados em fevereiro.

Entre os setores da atividade econômica que mais colaboraram para a geração de empregos está a agropecuária, com 1.529 vagas e serviços, 1.447. Assim como o registrado em janeiro, o setor da construção civil segue ainda na posição de ‘demissor’ e eliminou no mês passado 383 postos com carteira assinada.

O resultado mensal de Mato Grosso é o sétimo maior do país e o segundo melhor do Centro-Oeste, atrás apenas de Goiás, com 6.849 vagas geradas. Conforme o ranking do Caged, apenas 14 unidades da Federação enceraram o mês com saldo positivo. Os três melhores resultados foram registrados em São Paulo (25.412), seguido de Santa Catarina (14.858) e Rio Grande do Sul (10.602).

BRASIL - A criação de 35.612 postos formais de trabalho em fevereiro foi puxada pelo setor de serviços, informou o coordenador de Estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães. Ele também ressaltou que o emprego aumentou em três das cinco regiões do país: Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

De acordo com o coordenador do Ministério do Trabalho, os números mostram o início da recuperação do emprego. Em relação ao setor de serviços, ele destacou que, apesar de a educação tradicionalmente puxar a criação de vagas em fevereiro, diversos subsetores apresentaram reversão da tendência e passaram a contratar mais do que demitir, como os de alojamento, de alimentação, de manutenção e os ligados à área da saúde.

Em relação à agropecuária, Magalhães citou a safra de soja e as culturas permanentes de frutas como principal fator para a criação de empregos em fevereiro.