Ainda conforme a nota, o fluxo das exportações está impactado visto “os milhares de caminhões na fronteira de Foz do Iguaçu, divisa entre Brasil e Paraguai”. “A Acrimat destaca a importância da reivindicação dos profissionais de fiscalização em busca de equiparação salarial e melhoria das condições de trabalho dos Fiscais Federais Agropecuários.

Reconhecemos que tais pleitos são justos e devem ser reivindicados, desde que não comprometam a atividade agropecuária, quer seja em qualquer de suas fases: Produção, industrialização, transporte ou distribuição”, diz em nota.

A nota assinada pelo presidente da entidade, Oswaldo Ribeiro Júnior, foi anunciada pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical). “A cadeia produtiva da carne é sustentada por um elo robusto que não pode ser rompido, e é exatamente isso que estamos presenciando com a extensão dessa paralisação. Além de afetar diretamente a produção, a continuidade desse movimento prejudicará as exportações de carne e a saída de produtos perecíveis, impactando negativamente toda a economia”, reforça Oswaldo.

Os efeitos iniciais já se notam na linha de produção, refletindo no prolongamento da espera dos embarques. Animais de confinamento prontos para entrega ficarão retidos aguardando liberação, elenca a nota.

“É crucial ressaltar que a escala de abate já estava estendida nas últimas semanas e, com essa paralisação, os prejuízos se agravarão, repercutindo de forma mais expressiva na economia do país. A Acrimat, portanto, solicita a prudência e o diálogo construtivo entre as partes envolvidas, visando a rápida resolução dessa situação, a fim de evitar danos irreparáveis à cadeia produtiva e à economia nacional”.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), destacou que em janeiro os embarques de carne bovina de Mato Grosso em janeiro mantiveram-se aquecidos, com 47,54 mil Toneladas Equivalente Carcaça enviadas para o mercado externo. Esse foi o 2º maior volume para um mês de janeiro da história, com redução de 0,41% ante o recorde de janeiro de 2023. Apesar de continuar na liderança das compras do estado, a China vem reduzindo o apetite, e o volume negociado em janeiro foi 27,25% menor que no mesmo período do último ano. “O recuo foi motivado, principalmente, pela recuperação no plantel suíno chinês, bem como pela desaceleração na economia do país. Por outro lado, Mato Grosso caminha para a redução na dependência chinesa, com o aumento na demanda por outros países. Assim, o volume de carne bovina embarcado para os Emirados Árabes Unidos em janeiro, por exemplo, foi 5,76 vezes maior que em janeiro 2023, de modo que o grupo passou a ser o 2º maior comprador da proteína do estado”.